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Alunos com Fies e ProUni desistem menos de curso superior

A média geral no Brasil é de 56,8% de desistentes de graduação, aponta Censo da Educação Superior

Dos ingressantes no ensino superior , cerca de 56,8% desistirão do curso no período de sete anos, 37,9% terão se formado e 5,3% ainda estarão matriculados. Os cálculos foram feitos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira ( Inep ), ligado ao Ministério da Educação , considerando os estudantes que entraram na graduação em 2010 e suas trajetórias até 2016.

 

Os dados, apresentados como parte do Censo da Educação Superior nesta terça-feira, mostram uma diferença significativa entre alunos com e sem Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A taxa de desistência entre os que não contavam com Fies foi 62,1%, ante 39,2% no universo de estudantes com o financiamento.

 

Da mesma forma, 40,9% dos estudantes com ProUni desistiram do curso ao fim do período analisado, contra 62,1% entre os que não tinham a bolsa concedida pelo governo federal. No grupo que recebe algum incentivo, as taxas de conclusão do cursos são maiores: 53,3% dos que tinham Fies se formaram, ante 35,1% dos que não tinham; 56% que contavam com ProUni finalizaram o curso, enquanto a taxa entre os que não recebiam o benefício foi de 34,8%.

 

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, ressaltou a informação da alta evasão no ensino superior em fala breve que fez antes mesmo de os dados serem divulgados aos jornalistas. Ele disse que é preciso corrigir tal "ineficiência" para "dobrar" o número de aluno no ensino superior sem aporte de novos recursos, mas não deu explicações de como o MEC pretende fazer isso e saiu antes de a coletiva ter início.

 

- A conclusão óbvia é que a se gente reduzisse significativametne essa ineficiência, conseguiríamos dobrar o número de pessoas com ensino superior completo no Brasil utilizando os mesmos recursos - afirmou Weintraub.

 

O número de pessoas com educação superior no Brasil ainda é baixo. Entre a população de 25 a 34 anos, 19,6% têm ensino superior. Essa taxa é de 23,4% no México, 27,7% na Itália, 29% na Colômbia, 33,7% no Chile e 40% na Argentina. A média dos países da OCDE é de 44,1% na mesma faixa etária de 25 a 34 anos.

 

(O Globo)

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