Poema da Síndrome do Poder Amarelo
Por Eugênio Felipe
Assim vamos chegando ao final de mais um Setembro Amarelo...
Tomando tenência de que um procurador geral da república (des)organizou-se para matar um ministro do supremo e em seguida se matar...
Não passou ao ato.
Mas não conseguiu segredar em si tamanho desatino desamparo desespero...
Tornou público o que ninguém quer admitir: nossa pulsão (auto)destrutiva está subindo pelas paredes.
Precisamos pensar e pensar e pensar...
Precisamos cultivar a paz, a calma, alguma harmonia, o amor...
Precisamos acalmar essa pressa...
Todos querendo compulsivamente chegar "lá", para "fora", sem se dar conta que é necessário e é possível também chegar "aqui", no pessoal, na persona, para "dentro"...
É possível e é necessário chegar lá e aqui, aqui e lá... Num todo que nem é lá e nem é aqui.
Talvez, precisemos, cada um, entender o que é que se está buscando no acolá...
Que fixação é esta... Que compulsões são estas...
Que insatisfação é esta?
Que poder tão poderoso e prazeroso é este que faz com que as pessoas estejam assim, tão compulsivas, em busca de mais e mais uma dose de poder que é sempre menor do que o furo de cada desejante?
O poder...
O poder...
O poder...
Amarele-se de si.
Cuide. De si.
Empodere-se de si.
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