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Universidades brasileiras pioram em pesquisa, empregabilidade de alunos e qualidade de ensino; veja ranking das melhores do mundo

 

Apesar de cinco universidades brasileiras subirem de posição, pesquisa alerta para queda no desempenho das instituições do país. Segundo diretor do estudo, cortes no orçamento podem agravar quadro nos próximos anos.

 

As dezenove universidades brasileiras classificadas entre as mil melhores instituições de ensino do mundo apresentaram piora em índices de qualidade, segundo a última edição do QS University Ranking 2020.

 

Segundo o estudo, divulgado na última quarta-feira (17), houve queda na empregabilidade de formandos, no desempenho das pesquisas acadêmicas, no nível de ensino e na atratividade para estudantes e professores estrangeiros.

 

A tendência, segundo o diretor de pesquisas da QS, é de piora dos índices do país nos próximos anos. "Existem poucos pesquisadores no mundo capazes de lidar com a perda de quase metade de seu orçamento (...). Dado que nosso indicador de pesquisa é baseado em cinco anos de dados, leva tempo para que as decisões políticas afetem o desempenho nos rankings", afirma Ben Sowter. "É provável que o status do Brasil com líder de pesquisa regional seja cada vez mais ameaçado nos próximos anos", completa.

 

Veja aqui quais instituições de ensino do país estão na lista das melhores do mundo.

 

Das dezenove instituições brasileiras do ranking, doze registraram uma pontuação menor de citações de pesquisas. O que isso significa? Que estudos publicados pelo mundo usaram menos vezes a produção científica do Brasil como referência. Além disso, em dezoito universidades, o número de alunos estrangeiros caiu - ou seja, o país parece estar menos atrativo.

 

As turmas também estão maiores, já que a proporção de estudantes por professor cresceu em quinze instituições de ensino. Na interpretação do estudo, o Brasil não está conseguindo atender ao número crescente de matrículas.

 

Sobe e desce no ranking

 

Apesar da piora nos índices citados acima, cinco instituições de ensino brasileiras subiram de posição. A Universidade de São Paulo (USP) foi do 118º lugar para o 116º. Além dela, a UFRJ, a Unifesp, a Unesp e a UFSC melhoraram seus desempenhos no ranking.

 

Seis registraram queda: Unicamp, PUC-SP, UFMG, UFRGS, UnB e Ufscar. As demais permaneceram na mesma faixa de colocação.

 

Melhores do mundo

 

Em relação ao ano anterior, as mesmas universidades ocupam as três primeiras posições das melhores do mundo: Massachusetts Institute of Technology (MIT), Universidade Stanford e Universidade Harvard, todas nos Estados Unidos.

 

Critérios analisados

 

O ranking leva em conta seis critérios para classificar as melhores universidades do mundo:

 

• reputação acadêmica: baseada em respostas de mais de 94 mil acadêmicos

• reputação entre empregadores: item elaborado após entrevistas com mais de 44 mil empresas

• citações por faculdade: divisão do número de citações recebidas pelas pesquisas de uma universidade pelo número de professores que nela trabalham

• proporção de docentes por aluno: índice que revela o tamanho das turmas

• proporção de professores de outros países

• proporção de estudantes internacionais: ao medir quantos alunos vieram de outros países, é possível estimar a atratividade da universidade no mundo

 

(G1)

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