Equipe do HUAC recebe capacitação sobre atendimento à população transgênero

O Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), vinculado à Rede Ebserh, realizou capacitação sobre a assistência ambulatorial aos transgêneros. Temas como a abordagem do paciente transgênero, acompanhamento clínico do homem trans e da mulher trans foram debatidos durante o evento que aconteceu no auditório do hospital.

A palestra foi ministrada pelo endocrinologista do Hospital das Clínicas (HC-UFPE) da Universidade Federal de Pernambuco Erik Trovão Diniz e sua equipe. O HC é o único hospital do Nordeste que realiza cirurgias envolvendo transição de gênero.

Além dos aspectos clínicos relacionadas à população transgênero, durante o evento, também houve uma explanação sobre o funcionamento do Espaço Trans do HC/UFPE, juntamente com um relato das experiências de duas mulheres trans que, hoje em dia, trabalham no Espaço Trans: Ericka (recepcionista) e Jarda (assistente social).

O evento foi uma iniciativa da Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) e da Gerência de Atenção à Saúde (GAS).

Esse treinamento foi o primeiro passo para preparar e habilitar os profissionais do HUAC para a abertura do ambulatório voltado ao atendimento de pessoas trans, que terá seus atendimentos iniciados em novembro deste ano.

A gerente de Ensino e Pesquisa do HUAC, Dra. Alana Abrantes, afirma que essa capacitação é um marco no hospital, e sua importância perpassa tanto os médicos e demais profissionais de saúde como os residentes e estudantes. “A capacitação possibilita que os estudantes tenham noções sobre o assunto e, a partir daí, possam amadurecer seus conhecimentos e iniciar a prática, seja através de orientações que vão ser dadas nesse novo ambulatório, como, no futuro, mediante o exercício da profissão, para que eles possam replicar todo esse aprendizado”, explicou.

O ambulatório terá como objetivo prestar assistência para as pessoas trans oferecendo acompanhamentos com endocrinologistas e psicólogos, por exemplo. "É necessário que se abram mais centros para atender essa população, principalmente aqui no Nordeste, onde a gente tem um único serviço que trabalha dentro do processo transexualizador, e nós estamos com uma fila muito grande. É importante forçar essas portas para que esses médicos se sensibilizem, formem essas equipes par atender a população porque as pessoas trans estão saindo dos guetos, estão aparecendo, elas estão procurando esses serviços de saúde, e elas têm todo o direito de serem assistidas pela comunidade médica”, comentou Ericka.

Trasngêneros

São indivíduos que se identificam com um gênero diferente daquele com o qual nasceram. Isto é, uma pessoa que nasce com um órgão sexual masculino, por exemplo, mas não se identifica com esse gênero. É importante ressaltar que a identidade de gênero não tem relação com a orientação sexual.

(Ascom HUAC/UFCG)