Professora da UFCG apresenta trabalho sobre arte com solo em evento internacional

A professora Adriana Meira Vital, do Centro de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido da UFCG, apresentou o trabalho “Divulgação da arte com solo no Brasil” na Reunião Anual da Ciência do Solo, organizada pela Soil Science Society of America, American Society of Agronomy e Crop Science Society of America, evento que reuniu aproximadamente 4.000 cientistas, profissionais, educadores e estudantes da Ciência do Solo, e que aconteceu em San Antonio (Texas) de 10 a 13 de novembro.

Pintura com Geotinta.A professora relatou as atividades conduzidas pelos integrantes do Projeto Solo na Escola, da UFCG, e Projeto Geotinta, cujo objetivo é a popularização do solo junto a escolas de ensino infantil, fundamental e médio bem como nas comunidades de agricultores e loiceiras.

Segundo a professora, a importância do evento é a abrangência de assuntos relevantes na Educação em Solos. “Nós educadores do solo, buscamos discutir o tema da popularização do ensino do solo em diferentes ambientes, com diferentes metodologias e contextualizações, considerando o avanço da degradação do solo, que se faz mais expressiva em função do mau uso e manejo, que muitas vezes está ligado à falta de conhecimento desse precioso recurso ambiental complexo e dinâmico, cujos serviços ecossistêmicos sustentam nossa vida no planeta Terra”, destacou a professora Adriana Meira.

A convite do Dr. Clay Robinson, organizador do evento, a professora enviou peças pintadas por Diogo Oliveira e Jefferson Ferreira, artistas do Ateliê da Geotinta, ex-bolsistas do Projeto Solo na Escola para a Mostra de Arte "Soil as Muse: Inspiration and Artistry", que apresentou pinturas em tela, madeira e cerâmica de artistas que trabalham com pintura com tinta de solo.

“É preciso usar linguagens mais acessíveis para falar da importância do solo na vida de todos e a pintura com tinta de terra, atividade vanguardeira no estado da Paraíba, desde 2011 quando tiveram início as ações do Projeto Solo na Escola da UFCG têm despertado o interesse e a criatividade de estudantes e professores que participam das oficinas e minicursos oferecidos pelos integrantes dos projetos, em atividades continuadas”, disse a professora.

“A pintura com tinta de terra, como a louça de barro, é uma atividade de uso não agrícola do solo, largamente utilizada nas ações de popularização do ensino de solos e que faz parte da própria história da humanidade. É uma ecotecnologia social que não causa em nenhuma de suas etapas e que promove a possibilidade de agregar trabalho e renda aos artistas que dela se apropriam”, concluiu.

(Assimp CDSA/UFCG)