Trabalho de aluno da UFCG ganha prêmio em defesa do meio ambiente
Um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) elaborado na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Patos, conquistou o primeiro lugar do Prêmio Vasconcelos Sobrinho, oferecido pela Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco às instituições privadas, órgãos públicos, pessoas físicas e organizações não governamentais que desenvolvam práticas de destaque em defesa do meio ambiente.
Intitulado Bens ecoturísticos como instrumentos de educação ambiental na articulação pelo desenvolvimento sustentável em São José do Egito/PE, o trabalho, vencedor na categoria Projetos e Práticas Educacionais Ensino Fundamental I, II e Médio, é de autoria de Alex Bruno da Silva Farias, formando do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, com orientação do professor Veneziano Guedes e co-orientação da bióloga Severina Valéria.
A cerimônia de premiação foi realizada na última segunda, dia 16, no auditório do Cais do Sertão, em Recife. A avaliação dos trabalhos foi realizada por uma comissão julgadora que, segundo os critérios do edital do concurso, classificou mais de 70 projetos em sete categorias.
“É muito gratificante desenvolver ações que ultrapassam os muros da escola. A Educação Ambiental nos move rumo ao conhecimento e respeito para com todo o ambiente à nossa volta e poder formar agentes multiplicadores de boas práticas sustentáveis é o caminho que todos nós educadores devemos trilhar”, observou Alex Bruno.
Para a bióloga Valéria, “a pesquisa possibilitou unir o poder público, escolas e a sociedade abordando a importância da valorização do patrimônio material e imaterial de São José do Egito. Entender essa importância é o primeiro passo para se buscar meios para a preservação desses bens”.
A pesquisa constatou que a população de São José do Egito tem uma percepção limitada quanto à importância de seu patrimônio, como o espaço cultural da poesia local, popularmente “Beco de Laura”, a Serra Preta e seu curioso “vulcão abortado”, o trecho de drenagem na Cachoeira do Rio Mulungú e suas rochas com inscrições rupestres, bem como a Capela de São Pedro, datada de 1695, cujos fatos históricos mudaram os rumos do Brasil em 1930.
Para o professor Veneziano Guedes, o plano metodológico é um desdobramento das ações que a Articulação pela Revitalização do Riacho das Piabas promove desde 2011 com o apoio da UFCG, chamando a atenção da sociedade para a necessidade de se preservar o que ainda resta em recursos naturais nas cabeceiras do Açude Velho, em Campina Grande.
“O prêmio representa uma oportunidade de reconhecimento ímpar, alerta para os destinos que estamos dirigindo nossa sociedade e se coloca, sobretudo, na contramão de uma realidade nacional, onde se aumentam os desmatamentos, as queimadas, onde se extinguem comissões e se reduz o incentivo às instituições protetoras do meio ambiente. Entendo que é chegada a hora das instituições de ensino serem exemplo de humanidade e desenvolvimento sustentável”, finalizou.
(Ascom UFCG)
Redes Sociais