UFCG recupera 123 bolsas de pós-graduação canceladas pela Capes
Com o novo modelo de concessão de bolsas, 106 cotas ainda continuam extintas
Após admitir erro no novo modelo de concessão de cotas que levou à eliminação de 6 mil bolsas de pós-graduação em todo o Brasil, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) devolveu 123 bolsas que haviam sido extintas na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), após a publicação, no último dia 18 de março, da Portaria Nº 34, de 9 de março de 2020.
Logo após a publicação da Portaria e um cuidadoso levantamento e análise de dados feitos pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) da UFCG, verificou-se que os cortes feitos eram inconsistentes com as regras estabelecidas pela Capes, a exemplo do curso de Engenharia Elétrica, que conta com nota máxima (7), considerado padrão internacional de excelência, e também tinha sofrido cortes.
Um ofício foi enviado no último dia 26 de março ao presidente da Capes, Benedito Aguiar, pedindo a revogação da Portaria 34. Em ligação ao pró-reitor de pós-graduação, Benemar Alencar, ele reconheceu o erro e prometeu corrigi-lo.
Mesmo com a recuperação de 54% das bolsas, 106 cotas ainda continuam extintas e cinco cursos da UFCG permanecem com suas cotas zeradas com o novo modelo. São eles os mestrados em Ciências Florestais, Física e História, e os doutorados em Engenharia de Processos e Engenharia Química.
Para o pró-reitor, a recuperação foi boa, mas ainda está longe da satisfação. “Ainda temos problemas muito sérios. Cinco cursos continuam amargando perda total, sem nenhuma bolsa que possa ser concedida a novo aluno. Dependem exclusivamente de empréstimos, ou seja, bolsas que serão recolhidas automaticamente pela Capes quando ficarem disponíveis. Além disso, há vários cursos com bolsas em número muito aquém de suas necessidades”, destaca Alencar.
(Ascom UFCG)
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