Artigo de professora da UFCG aponta saída para o turismo em tempos de crise

A colaboração entre os concorrentes em tempos de crise será a saída para o turismo vencer a crise causada pela pandemia de coronavirus (COVID-19). É o que aponta o artigo escrito pelas professoras Adriana Fumi Chim Miki, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), e Rose Batista Canino, da Universidad de Las Palmas de Gran Canaria, da Espanha.

Só na Espanha, que recebe anualmente 80 milhões de turistas, o setor contribui com mais de 12% para o emprego e o PIB nacional, envolvendo múltiplos atores, entre eles agências de viagem, operadores turísticos, plataformas B2C, meios de transporte, operadores logísticos, acomodações, lazer, restaurante, entre outros.

Para as pesquisadoras, a melhor saída é a Coopetição, colaboração interessada entre diferentes atores econômicos que também são concorrentes. Geralmente é baseado em colaboração público-privada. Elas citam alguns destinos latino-americanos, que são referencias interessantes, a exemplo de Coquimbo (Chile), em astroturismo; Foz de Iguaçú (no Brasil, próximo à tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai), em ecoturismo; e Guatemala, como destino sustentável.

“Na Europa, o trabalho conjunto nas áreas de influência dos parques temáticos de Mirabilandia, na região de Emília- omagna, na Itália, e na vila de Papai Noel, na Lapônia finlandesa, ou no Caminho de Santiago, na Espanha, demonstra que a coopetição é possível e desejável”, afirmam as pesquisadoras.

Elas acreditam que enfrentar a crise gerada pelo COVID-19 exigirá tempo e trabalho em equipe sem precedentes. "Os concorrentes deverão cooperar para restaurar a confiança do turista e depois competir pelo interesse do turista no destino", dizem.

A estratégia deve partir da premissa "Turista fique seguro...como em casa".

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(Ascom UFCG)