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Campina Grande recebe título Cidade Criativa na categoria Artes Midiáticas

Processo de candidatura teve o apoio da UFCG. Selo objetiva favorecer a cooperação entre cidades que consideram a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento sustentável

  • Publicado: Segunda, 08 de Novembro de 2021, 20h44
Crédito: Jorge Barbosa
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A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) concedeu à Campina Grande nesta segunda-feira, dia 8, o selo de "Cidade Criativa" na categoria Artes Midiáticas, que envolve arte digital, sonora, realidade virtual e aumentada, arte web, videojogos, robótica, fotografia digital e cinema.

 

O selo objetiva favorecer a cooperação entre cidades que consideram a criatividade como um fator estratégico para o desenvolvimento sustentável em seus aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

 

O reitor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Antônio Fernandes, expressou suas felicitações, afirmando que a escolha referenda a vocação de Campina Grande. “A sua grandeza se expressa no processo criativo e de produção cultural. A cidade, no que se propõe, faz um fazer novo constante. De vanguarda, inova e se renova. A universidade que honra seu nome - e que, certamente, contribui para essa conquista -, celebra irmanada com os campinenses mais um feito: o reconhecimento do seu criar e do se fazer presente no futuro”.

 

O processo de candidatura da Rainha da Borborema ao título de cidade criativa foi elaborado pela Prefeitura Municipal e teve o apoio da UFCG, além da parceria de entidades educacionais e da indústria, como o Sebrae, Fundação Parque Tecnológico, FIEP, Unifacisa, Associação Comercial, CDL, Fecomércio e a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

 

Contribuição da UFCG

 

De acordo com o coordenador do curso de Arte e Midia da UFCG, Natan Cirino, parte do sucesso se deve ao único curso de Arte e Mídia do Brasil, que teve um importante papel no processo de candidatura. "Desde quando entrei no processo de submissão da candidatura, trabalhando em conjunto com o coordenador anterior, professor Helton Paulino, tenho visto o selo de cidade criativa na categoria Artes Midiáticas como um mérito da cidade de Campina Grande, mas, acima de tudo, como um grande início do que ainda podemos fazer aqui na cidade, dentro dessa gigantesca categoria das artes. A UFCG, então UFPB, vislumbrou o potencial da Arte e Mídia para o século XXI ainda em 1999, quando criou o curso de Arte e Mídia, e o mundo hoje reconhece o potencial que nossa universidade já antevia no final do século passado", disse.

 

Para ele, o curso também terá grandes ganhos com o selo. "Boa parte da produção artemidiática do estado sai das mãos de alunos e egressos do curso de Arte e Mídia. Estamos em pleno crescimento, com novos horizontes para os próximos anos. A tendência é termos um curso ainda mais robusto e reconhecido a partir das novas possibilidades de projetos que se abrem a partir do selo de cidade criativa da Unesco", avalia.

 

O diretor artístico do Festival Internacional de Música de Campina Grande (FIMUS), maestro e professor do curso de Música da UFCG, Vladimir Silva, ressalta que a indicação veio reforçar a vocação da cidade para a arte e cultura. "Uma vocação já consolidada em grandes eventos como o Festival de Inverno de Campina Grande, o Comunicurtas, o Festival Internacional de Música e tantas outras iniciativas que projetaram a cidade de Campina Grande para além de suas fronteiras. Portanto, esse selo é o coroamento de uma trajetória que se iniciou há bastante tempo".

 

Vladimir observa que o selo traz uma visibilidade para a cidade, colocando-a num rol de um grupo muito seleto de cidades aos redor do mundo. "A gente espera que isso signifique uma implementação de políticas culturais tanto no âmbito do município quanto da UFCG, com um calendário de ações, promoções de eventos regularmente e, mais importante ainda, com a destinação de verbas e orçamentos para a arte e cultura. A visibilidade deve estar acompanhada deste incentivo", ressalta.

 

Ele adianta que essa indicação terá reflexos no Festival. "Anualmente, a gente vem inovando o FIMUS, procurando dialogar com as tecnologias e todas as mídias para que possamos fazer música da melhor forma possível. Vamos intensificar nossa programação com artistas da Europa que trabalham com Música e Tecnologia Digital, a exemplo da flautista Dagmar Wilgo, da Alemanha, que lançou um trabalho para flauta doce e computadores. Além dela, temos o violonista francês Rémy Reber que também está com um trabalho para guitarra elétrica solo e computadores. São alguns dos convidados da edição do FIMUS em 2022, cuja organização já está a todo vapor", revela.

 

Sobre as redes criativas

 

As redes criativas da Unesco são divididas em sete pilares: design, gastronomia, cinema, literatura, artes midiáticas, música e artesanato e artes folclóricas. As cidades que passam a integrar a rede se comprometem em promover o desenvolvimento de práticas inovadoras, o fortalecimento da participação cultural e a promoção de políticas que incentivem a cultura e o desenvolvimento urbano e sustentável.

 

Campina Grande é a única cidade do país a ter selo de "Cidade Criativa" na categoria Artes Midiáticas. Além dela, outras 11 cidades integram a rede no Brasil. São elas: João Pessoa (PB) no artesanato; Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC) e Paraty (RJ) em gastronomia; Brasília (DF), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE) em design; Salvador (BA) e Recife (PE) na música; e Santos (SP) no cinema.

 

(Ascom UFCG)

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