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sustentabilidade

Projeto da UFCG produz adubo a partir de resíduos orgânicos gerados na instituição

Composto orgânico é usado nos jardins e canteiros do campus e distribuído para agricultores familiares da região

  • Publicado: Segunda, 22 de Agosto de 2022, 15h56

Um projeto de extensão desenvolvido na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e que utiliza resíduos gerados na própria instituição vem trazendo vida às áreas verdes dos campus e colaborando para o avanço de colheitas de agricultores e da comunidade em geral.

 

Desenvolvido desde 2009 no Laboratório de Tecnologias Agroambientais (LTA) da Unidade Acadêmica de Engenharia Agrícola (UAEA), campus sede, o projeto produz composto orgânico a partir de resíduos sólidos gerados na UFCG, por meio da aplicação da metodologia da vermicompostagem - processo biológico no qual micro-organismos como fungos e bactérias são responsáveis por transformar a matéria orgânica em adubo, através da criação de minhocas.

 

"De acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 37 milhões de toneladas de lixo orgânico são produzidas todos os anos no Brasil, mas apenas 1% é reutilizado. O desenvolvimento de iniciativas que contribuam para o reaproveitamento desses resíduos é fundamental para cumprir esse papel socioambiental", destaca a orientadora do projeto, professora Luíza Cirne.

 

Coordenado pelo técnico agroecologista Gilberlando Gomes, com a participação de sete alunos dos cursos das engenharias Agrícola e Elétrica, a iniciativa distribuiu gratuitamente, somente no ano de 2019, quatro toneladas de composto orgânico para agricultores da Feira do Agricultor Familiar (Feagro), realizada às quartas-feiras no campus sede da UFCG. A colheita acontece a cada três meses. A primeira leira (tabuleiros de adubo) do ano de 2022 foi colhida no mês de julho, após a renovação do projeto.

 

Metodologia

 

“Os resíduos sólidos orgânicos gerados na rua do nosso laboratório são coletados e armazenados no nosso pátio de compostagem, no anexo do Bloco BX. Lá, já é iniciada a nossa metodologia de redução de volume, através da secagem natural. Depois, fazemos o dimensionamento e a caracterização dos resíduos para a montagem das leiras”, explica a professora.

 

Na técnica, o esterco bovino é utilizado como um inoculante (insumo biológico com micro-organismos para o desenvolvimento das plantas), ou seja, um acelerador no processo. Há, ainda, o monitoramento de temperatura e umidade relativa da leira, fundamental para a compostagem e a atuação das bactérias no processo da degradação. Os alunos recebem a metodologia teórica e todas as orientações para executar a técnica, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) no pátio de compostagem, para evitar qualquer tipo de contaminação. Quando pronto, o composto é usado nos jardins e canteiros da UFCG e distribuído entre os servidores da instituição, além dos agricultores familiares e o público em geral, que se dirige ao laboratório em busca do fertilizante.

 

A professora Luíza destaca a importância do projeto no tratamento e recuperação biológica dos resíduos gerados como um todo, possibilitando a sua reutilização de forma integral. “A nossa intenção é mostrar que é possível produzir composto orgânico a partir desses resíduos considerados rejeitos, que são todas as matérias que estão com sua capacidade de reaproveitamento exauridas. E o resíduo orgânico é considerado um rejeito porque todos os dias vão para o aterro sanitário muitas toneladas desse material. Eu reforço que resíduo orgânico é recurso natural que precisa ser tratado e compostado para a produção de probióticos aos agricultores e todos os nossos ecossistemas”.

 

(Ascom UFCG)

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Assunto(s): sustentabilidade
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