Projeto da UFCG capacita estudantes do Ensino Médio para situações de emergência
Atividade de extensão treinou cerca de 200 alunos para realização de ligações inteligentes e atuou no combate aos trotes
O que pode parecer uma brincadeira para alguns, pode custar a vida de uma pessoa. É o caso dos trotes que prejudicam o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), dificultando ainda mais o trabalho dos profissionais de saúde, fazendo com que, ao invés de atenderem um chamado real, percam tempo com uma ligação falsa.
Só na capital paraibana, João Pessoa, o SAMU recebeu, de janeiro a novembro deste ano, mais de 22 mil trotes. Em Campina Grande, no primeiro semestre de 2022, foi constatada uma redução dessas ligações chegando a uma média de duas por dia. A redução foi sentida graças a identificação, gravação das ligações e envio para os órgãos competentes.
Com o intuito de conscientizar sobre o risco dessa prática e combater os trotes, entre seus objetivos, o Projeto de Extensão SAMU na Escola, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), capacitou neste ano cerca de 200 alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual da Prata, localizado em Campina Grande. Os estudantes também receberam orientações sobre como agir em casos de queimaduras, choques, engasgos, convulsões e em situações mais complexas, como uma parada cardiorrespiratória.
"Também procuramos capacitá-los para que possam fazer o que chamamos de 'ligações inteligentes' para os serviços de emergência, por meio da prévia caracterização da cena e de vítimas, colhendo e passando informações chave, para que possa ocorrer uma maior agilidade e assertividade no atendimento, por exemplo, mandando a melhor equipe - básica ou avançada - para a ocorrência, no caso do SAMU", explica Jackson Pinheiro, aluno do curso de Medicina e bolsista do projeto.
Coordenado pelo professor do curso de Medicina, Basílio Serrano, o projeto aprovado pelo Programa de Bolsas de Extensão (Probex 2022) da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão (Propex) conta com mais quatro extensionistas, além de Jackson, todos do curso de Medicina. São eles: Êmilly Mendes, Laysa Brunyele, Marcelo Gurgel e Rebeca Galdino.
O coordenador considerou as atividades realizadas bastante satisfatórias. "Todos os objetivos propostos foram alcançados. Destaque para o dinamismo nas capacitações com a participação dos próprios alunos do Ensino Médio, o que foi crucial, pois prendia a atenção deles e tornou a passagem do conhecimento mais interessante", destacou.
A equipe também foi parabenizada pelos professores da escola onde atuaram e foi convidada para expandir o projeto para mais turmas no próximo ano.
(Ascom UFCG)
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