Campus sede da UFCG passa por processo de reestruturação e modernização

O campus sede da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) está passando por um amplo processo de reestruturação e modernização. Os trabalhos tiveram início em outubro. Por ser uma obra de grande intervenção e impacto na estrutura existente, o projeto é dividido em três etapas. “O intuito é minimizar os transtornos para a comunidade universitária", explica a arquiteta e urbanista da Prefeitura Universitária, Eva Albuquerque.

Reestruturação e Modernização do Setor A

A 1ª etapa do projeto, orçada em R$ 5.070.428,25, tem previsão de duração de 18 meses. A obra se concentrará no setor A do campus visando melhorias na urbanização, acessibilidade, mobilidade e drenagem urbana.

Nesta primeira fase, está sendo realizada a construção de um novo Pórtico de Entrada, valorizando a identidade visual da UFCG, a reurbanização de toda área no entorno da Reitoria, priorizando a circulação de pessoas, estacionamentos com pisos drenantes, substituição das grandes áreas gramadas por canteiros e jardineiras na Praça das Bandeiras, além da construção da Praça do Anfiteatro com um mirante contemplativo e espaço para prática de atividades ao ar livre. “Essa etapa também abrange a drenagem do setor A, bem como a demolição da estrutura do antigo ginásio de esportes para abertura da via de acesso ao Novo Complexo Esportivo da UFCG”, revela a arquiteta.

Novo Complexo Esportivo

Em fase de projeto, a segunda etapa vai contemplar o Novo Complexo Esportivo (área de 20.640 m²). O teto do antigo ginásio de esportes desabou no dia 12 de setembro de 2021. A quadra já estava interditada por problemas na estrutura e não havia alunos e servidores no local no momento da queda. O novo espaço objetiva devolver à comunidade acadêmica um local para prática de esportes e lazer com infraestrutura moderna, acessível, sustentável e mais eficiente energeticamente.

O projeto inclui a reforma e melhorias nas quadras de tênis, de areia e pista de caminhada existentes, além da construção de uma arena esportiva com aproximadamente 2.630m² de área construída, distribuídos em três pavimentos, com quadra poliesportiva nas dimensões oficiais, arquibancadas fixas, vestiário para atletas, banheiros para o público, salas (de primeiros socorros, administrativas, de multiuso, de aula, para prática de esportes digitais), ambiente para professores, depósitos para material esportivo, alojamento, cabines de controle, moderno sistema de som, iluminação e segurança, saídas de emergência, escadas e elevadores seguindo os padrões de segurança e combate a incêndios e garantindo acessibilidades a todos os ambientes.

Também está prevista a construção de um prédio anexo com dois pavimentos e com área de aproximadamente 2.185 m². O pavimento térreo contará com academia, vestiários, sala de exames e salas administrativas. Já no pavimento superior, serão construídas salas para atividades físicas diversas, como aeróbicas, lutas marciais, danças, mezanino com área de convivência e lanchonete com terraço.

O Novo Complexo Esportivo prevê ainda estacionamento para mais de 100 veículos, campo de futebol society, construção de mais uma quadra de areia e uma quadra poliesportiva descoberta, bloco de apoio com banheiros, depósitos, copas e quiosques.

Área central do campus sede

Em fase de estudo, a terceira etapa vai beneficiar a área central do campus. Em março de 2020, o rompimento de uma barragem devastou a região. O local apresenta um cenário delicado, possui um lago de retenção de águas pluviais que, há décadas, tem recebido efluentes externos não-tratados e, recentemente, houve o rompimento de sua barragem devido a uma precipitação intensa. fato esse que reduziu sensivelmente a capacidade de retenção do lago”, ressalta Eva.

Diante deste cenário, a equipe técnica vai analisar a carga poluidora na área e elaborar um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental, que subsidiará informações para a implantação da solução mais viável para a resolução do problema.

“A ideia é transformar toda área degradada em um Parque Sustentável, melhorando o ambiente urbano e natural do campus sede através da reabilitação do espaço, com intervenções ecológicas e sustentáveis, permitindo a integração do meio ambiente natural e o construído, revitalizando áreas degradadas e integrando os setores, ampliando percursos e vivências com a natureza”, adianta.

Reestruturação do sistema de esgotamento sanitário

Além das três etapas citadas, também está sendo realizada a reestruturação do sistema de esgotamento sanitário. Orçada no valor de R$ 3.404.164,64, a obra tem previsão de duração de 12 meses e contemplará todas as 123 edificações geradoras de efluentes sanitários existentes no campus sede, bem como as novas edificações previstas, abrangendo uma área total de mais de 308 mil metros quadrados.

A construção consiste em uma nova rede coletora de esgoto sanitário, com a implantação de tubos coletores, caixas de inspeção, poços de visita, entre outros dispositivos. A nova rede substituirá totalmente o sistema existente. “Ao término da obra, a UFCG ganhará um sistema de esgotamento sanitário moderno, versátil e em total conformidade com a legislação atual e normas técnicas, o que reduzirá significativamente os problemas com obstrução, retorno e extravasamento de esgoto na rede, além de facilitar a manutenção do sistema e futuras ampliações no campus sede”, destaca Eva.

(Ascom UFCG)