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física espacial

"Buraco na camada de ozônio diminuiu, mas ainda existe", alerta pesquisador da UFCG

Segundo Cosme Figueiredo, o Brasil é um dos países mais vulneráveis à redução da camada e monitoramento deve ser constante 

  • Publicado: Terça, 26 de Dezembro de 2023, 09h17
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Na década de 1980, o mundo entrou em alerta devido à descoberta de que os níveis da camada de ozônio na atmosfera, que absorve a perigosa radiação ultravioleta do Sol e protege a vida na Terra, estavam diminuindo rapidamente, ameaçando a saúde da população, a produção agrícola e a cadeia alimentar marinha. Os principais culpados, segundo os cientistas, eram os clorofluorcarbonos (CFC), compostos químicos utilizados em aerossóis e aparelhos de refrigeração.

 

Após uma difícil quebra de braço entre organismos científicos e as indústrias, o Protocolo de Montreal foi finalmente assinado em 1987 por todos os países do planeta e, ao longo das décadas seguintes, a produção e o consumo de CFCs foram suspensos.

 

O resultado é animador. Avaliações científicas indicam que, até 2070, a camada deve retornar aos níveis anteriores a 1980, mas os pesquisadores defendem que o monitoramento deve ser permanente.

 

"O buraco na camada de ozônio ainda existe, mas está se recuperando lentamente. Ele se forma todos os anos sobre a Antártica, durante a primavera, e se fecha novamente no verão", esclarece o cientista Cosme Figueiredo, que faz pós-doutorado em Física na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Ele participou recentemente, em Brasília, de evento promovido pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) sobre as conexões científicas entre o Brasil e a Antártica.

 

"A camada de ozônio também é afetada pela poluição, principalmente pelos gases que contêm cloro e bromo, e o Brasil é um dos países mais vulneráveis à redução da camada de ozônio, pois está próximo à região do buraco. Por isso, os cientistas devem acompanhar a situação e sugerir medidas aos governos para reduzir os impactos no ambiente e na saúde", declarou Figueiredo.

 

Tempestades solares

 

Outro tema abordado no evento foram as tempestades solares, que lançam partículas energéticas, campos magnéticos e elétricos e gás do Sol, e podem afetar os satélites que circulam ao redor da Terra, provocando correntes elétricas que danificam seus componentes internos.

 

"As tempestades solares prejudicam setores vitais para a sociedade, como energia, internet, comunicação, navegação, agricultura de precisão e aviação, bem como as redes de distribuição de energia elétrica. Por isso, é essencial acompanhar a atividade solar (denominado clima espacial) e seus impactos em diferentes regiões do planeta, desde a Antártica até o Brasil, e determinar estratégias de mitigar o seus efeitos para a sociedade", defende o pesquisador.

 

O evento

 

O evento realizado pelo MCTI celebrou o Dia da Antártica, comemorado internacionalmente no dia 1º de dezembro em virtude da assinatura do Tratado da Antártica, em 1959. O Brasil é um dos países signatários e atuantes nas decisões e pesquisas no continente antártico. O Tratado da Antártica estabelece proteção ao continente antártico e cooperação entre todas as nações que nele realizam ciência.

 

(Ascom UFCG)

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