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saúde

Garoto paraibano realiza tratamento inovador contra o câncer

Arthur Cardoso realiza o acompanhamento médico no HUAC. Medicamento é preparado com células de defesa extraídas do próprio paciente e modificadas em laboratório

  • Publicado: Terça, 20 de Fevereiro de 2024, 15h10
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Ao ser diagnosticado com o câncer, muitos acreditam que é uma sentença de morte ou não tem mais esperança de dias melhores na sua vida. Porém, não é a realidade de pacientes como Arthur Cardoso Araújo, de nove anos de idade, em acompanhamento no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), que demonstra fé, alegria e resiliência, ao batalhar contra a leucemia linfóide aguda há mais de seis anos.

 

Atualmente, Arthur está realizando acompanhamento médico de rotina na unidade hospitalar em Campina Grande. "É o que nós chamamos de acompanhamento fora de tratamento. Ele faz exames laboratoriais e consultas médicas de rotina", ressalta a médica oncologista do HUAC, Januária Nunes Lucena.

 

O garoto é o primeiro paciente do Nordeste a realizar tratamento com a medicação produzida pelo laboratório nacional, já enfrentou transplantes de medula óssea, tratamento quimioterápico e atualmente realiza a terapia inovadora, com células CAR-T- Cell, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (USP).

 

Natural de Juazeirinho, PB, cidade distante 80 km de Campina Grande, Arthur não tem medo de viajar de avião, sonha em ser completamente curado do tumor, se tornar um vaqueiro e conhecer o cantor Mano Valter. Quem o acompanha nas viagens entre Campina Grande e Ribeirão Preto é sua mãe, Adriana Bento, que demonstra confiança no tratamento, que deve demorar 15 anos.

 

A terapia

 

A terapia com células CAR-T- Cell consiste em um medicamento preparado com as células de defesa (linfócitos T) extraídas do paciente e modificadas em laboratório para que, ao serem devolvidas para o paciente, possam combater o câncer.

 

No Brasil, o CAR-T Cell foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para patologias como leucemia linfoblástica aguda em pacientes de até 25 anos e linfomas difusos de grandes células B em pacientes adultos. No entanto, a terapia requer uma qualificação específica, de acordo com as resoluções da Anvisa e da empresa farmacêutica responsável. Fatores como experiência, protocolos internos alinhados, excelência do corpo clínico, infraestrutura e modernidade, são analisados.

 

15 de fevereiro

 

O Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, lembrado em todo o mundo em 15 de fevereiro, deixa um alerta sobre sinais e sintomas da doença. A data, criada em 2002, pela Childhood Cancer International, simboliza uma campanha global para conscientizar sobre o câncer infantil e expressar apoio às crianças e adolescentes e suas famílias.

 

Atendimento

 

Além de todos os recursos disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para o combate ao câncer infantil, o Ministério da Saúde ressalta que é preciso humanizar ao máximo o atendimento.

 

Cuidados

 

É importante que o paciente oncológico continue o acompanhamento nas unidades hospitalares por um tempo estimado de 10 anos após o fim do tratamento, como ressalta a médica oncologista pediatra do HUAC, Januária Nunes Lucena. "Durante o período, podem ocorrer as chamadas recaídas ou recidivas, termos utilizados para designar quando o (s) tumor (es) reaparece (m) no paciente", disse.

 

HUAC

 

O Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) pertence à Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e é vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). É destaque regional na assistência à saúde desde 1950, com atendimento público e contratualizado com o SUS desde 2006. É o único hospital público da Paraíba com Oncopediatria.

 

A unidade de saúde também oferece assistência multiprofissional e interdisciplinar em áreas como: Infectologia, Endocrinologia, Pediatria, Genética Médica, Clínica Médica, Oncologia Clínica e Fisioterapia. Além disso, é campo de prática para estudantes de diferentes áreas da saúde, como Medicina, Enfermagem, Farmácia e Fisioterapia, que desenvolvem atividades de ensino, pesquisa e extensão.

 

(Com dados da Coordenação de Comunicação Social/Ebserh)

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Assunto(s): saúde
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