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Bióloga formada na UFCG pesquisa importância dos animais polinizadores para a segurança alimentar do planeta

Emanuelle Brito terminou sua graduação em Ciências Biológicas no campus Patos, em 2015, e atualmente é pós-doutoranda na UERJ

  • Publicado: Terça, 23 de Abril de 2024, 16h26
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Nossa sociedade vive, atualmente, uma grande dilema. Por um lado, uma população mundial estimada em 8 bilhões de pessoas, sendo cada vez mais crescente a demanda por alimentos. Do outro, os prejuízos causados pelas mudanças climáticas afetando a segurança alimentar em nosso planeta.

 

Diante deste quadro, como a conservação de animais polinizadores, como abelhas e pássaros, pode promover a segurança alimentar? Foi buscando uma resposta a esta questão que a pesquisadora Emanuelle Brito vai realizar sua pesquisa de pós-doutorado no Laboratório de Ecologia e Conservação de Ecossistemas na Universidade Estadual do Rio de janeiro (UERJ).

 

O projeto está sendo financiado pelo Instituto Serrapilheira, uma entidade privada sem fins lucrativos que investe no apoio a jovens pesquisadores para o fortalecimento da ciência no país.

 

“Atualmente estou iniciando esse projeto que busca compreender como a conservação de polinizadores podem garantir a nossa segurança alimentar. Quando mencionamos polinizadores, estamos falando de abelhas, borboletas, pássaros e até morcegos. Eles desempenham um papel fundamental na reprodução de muitas plantas", explica Emanuelle.

 

Ela defende que é crucial compreender como esses polinizadores interagem em ambientes naturais, com as mudanças em seus habitats e, consequentemente, com os agrossistemas.

 

"Não basta ter um olhar isolado para determinada espécie, é preciso pensar na conservação de sistemas inteiros para assegurar a sobrevivência de espécies. “Cada polinizador faz parte de uma peça de quebra-cabeça complexo que só tem sentido quando observado em sua totalidade”, afirma.

 

A pesquisa será realizada por meio de observações diretas e captação de insetos e outros animais polinizadores em culturas alimentícias da Mata Atlântica, no interior do Estado do Rio de Janeiro, com o propósito de traçar os caminhos por onde passaram estes animais, com quais flores e plantas interagiram.

 

Para saber mais, acesse aqui.

 

Trajetória na UFCG

 

Formada em 2015, no curso de Ciências Biológicas da UFCG, Campus Patos, a pesquisadora conta que a paixão pela Ecologia surgiu através de um projeto de iniciação científica, orientado pelo professor Fernando Zanella, sobre a ecologia de insetos da Caatinga, mais especificamente no Sertão da Paraíba.

 

“Esse projeto despertou minha paixão pela Ecologia e a busca por tentar compreender o funcionamento dos ecossistemas", diz a pesquisadora, que faz questão de enaltecer o papel da UFCG no meu crescimento pessoal e profissional.

 

"Eu não vislumbrava uma oportunidade de estudar fora da minha cidade natal, devido à condição social do meus pais. A UFCG me trouxe a oportunidade de uma educação de qualidade e que, no meu caso, foi transformadora de realidade. Eu conheci renomes nacionais e internacionais da minha área de pesquisa, viajei para lugares incríveis, aprendi um novo idioma, tudo graças a esse pontapé inicial que a UFCG me deu e aos professores do campus Patos que alimentaram meus sonhos”, agradece.

 

Após a conclusão da graduação, Emanuelle Brito cursou o mestrado a Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), doutorado no programa de Ecologia e Evolução da Universidade Federal de Goiás (UFG) e foi selecionada, durante o doutorado, para Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), na cidade de Eugene, Oregon, nos EUA.

 

(Ascom UFCG)

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