Pesquisadores da UFCG desenvolvem suplemento proteico para alimentação de animais
Invenção de Ana Regina Campos, Antônio Daniel Macedo, Josivanda Gomes e Renato Santana foi patenteada no INPI.
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) desenvolveu um processo de enriquecimento do sorgo, associado à palma forrageira, para produção de suplemento proteico para alimentação de animais de criação.
A pesquisa recebeu a carta de patente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em abril deste ano e é resultado da dissertação de mestrado de Antônio Daniel Macedo, concluída em 2018 no Programa de Pós-graduação em Ciências Naturais e Biotecnologia do Centro de Educação e Saúde (CES) da UFCG, campus Cuité, sob orientação da professora Ana Regina Campos e coorientação de Renato Santana.
Em 2023, Macedo concluiu o doutorado em Engenharia de Processos da UFCG desenvolvendo uma tese sobre a fermentação semissólida aplicada ao enriquecimento nutricional de palma forrageira associada à maniçoba, com orientação da professora Josivanda Gomes.
"Durante os períodos de seca registrados na Região Nordeste, a instabilidade na produção de forragens para alimentação animal causa grandes prejuízos aos criadores, que recorrem ao uso de concentrados comerciais para suprir as necessidades nutricionais dos animais, elevando o custo da produção", justifica Macedo.
O produto resultado da pesquisa é composto de sorgo e palma, que são forrageiras que podem ser cultivadas nas próprias propriedades. Desta forma, os criadores não terão custos adicionais com aquisição dessas forragens. A invenção pode ser empregada na alimentação do gado, ovelhas, cabras e aves, a exemplo de galinhas e perus.
"A levedura é de baixo custo e fácil de ser encontrada no mercado, levando em consideração que foi utilizado o fermento biológico, empregado na panificação. Assim, os criadores poderão produzir esse suplemento proteico em sua propriedade, reduzindo os custos de produção e fornecendo aos animais uma ração de boa qualidade nutricional”, explica.
A criação do produto já despertou o interesse de pesquisadores de outras Instituições de Ensino que entraram em contato interessados em entender o processo de enriquecimento proteico e sua aplicação, segundo Macedo.
(Ascom UFCG)
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