Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Últimas Notícias > Hospital Universitário Alcides Carneiro oferece serviço de testes alérgicos pelo SUS
Início do conteúdo da página
huac

Hospital Universitário Alcides Carneiro oferece serviço de testes alérgicos pelo SUS

Instituição é uma das poucas unidades de saúde do Nordeste que dispõem de uma sala de Teste de Provocação Oral

  • Publicado: Quinta, 11 de Abril de 2019, 10h17

Desde o segundo semestre de 2018, o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e vinculado à Rede Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), conta com uma sala de teste alérgico à disposição dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). No próximo sábado (13), o HUAC vai montar uma tenda na Praça da Bandeira, em Campina Grande, como forma de orientar a população, especificamente, sobre alergia alimentar, que é o tema central, este ano, da Semana Mundial da Alergia, celebrada de 7 a 13 de abril.

A implantação do serviço de teste alérgico no HUAC ocorreu em setembro passado e só foi possível após a ampliação da equipe, via concurso público realizado pela Ebserh. Com isso, a área de Alergia e Imunologia da instituição passou a ofertar exames de testes alérgicos de contato, cutâneos de leitura imediata e de provocação oral, com sala montada adequadamente para esse fim, garantindo segurança ao paciente.

A dona de casa Heleny Edy de Medeiros, 49 anos, é do município de Santa Luzia, localizado a 135 Km de Campina Grande, e procurou o serviço do HUAC após ter sintomas de alergia provocada por alimentos. A vida inteira, ela consumiu frutas diversas e nunca teve nenhuma reação alérgica. Em 2017, passou mal após ingerir bananas e mangas, apresentando ardência nos olhos, espirros e coceira na garganta. Mais recentemente, teve problemas ao comer abacate. Por isso, decidiu procurar assistência no Hospital Universitário, onde foi submetida a um teste cutâneo de alergia para alimentos (Prick to Prick). A dona de casa comentou da satisfação pelo fato de o hospital oferecer esse tipo de serviço. “É show de bola. Estou adorando. Vim e fui muito bem atendida por todos. Eu só tenho de falar bem do HU. Achei o máximo”.

Teste de provocação oral

Segundo a alergista e imunologista Catherine Martins, o HUAC é uma das poucas unidades de saúde do Nordeste que possuem uma sala de Teste de Provocação Oral (TPO), que é o teste definitivo para confirmação ou exclusão de alergia alimentar. Nesse ambiente, são oferecidas ao paciente doses gradativas do alimento suspeito de causar alergia, e a pessoa é examinada a cada intervalo. “O número de pessoas com alergia a alimentos é alto, em todo o Brasil, mas o problema inverso também acontece: muita gente é diagnosticada com alergia alimentar sem ser alérgica de fato. Muitas vezes, a única forma de a gente elucidar se aquilo se trata ou não de uma alergia é provocando”, explicou a especialista.

No HUAC, o paciente é colocado em uma sala equipada com recursos para tratamento de emergência, como carrinho de parada cardiorrespiratória, na qual será acompanhado por médico especialista e enfermeira durante todo o período de teste. De forma geral, são observados pele, saturação de oxigênio, frequência cardíaca, pressão arterial e pico de fluxo expiratório. “Oferecemos o alimento ao paciente de maneira sistematizada e fracionada e ele é monitorado durante toda uma manhã, para que seja observado se tem reação ou não”, explicou a médica Catherine Martins. O TPO é adotado para comprovar ou afastar alergia e também para quando se quer verificar se o paciente está curado.

Esse teste é necessário, comentou a alergista, porque existe uma verdadeira legião de pessoas, especialmente crianças, consideradas alérgicas sem possuir essa condição e que têm o cotidiano afetado por causa disso. O diagnóstico da alergia alimentar é feito com base em sinais e sintomas sugestivos de uma alergia imediata acrescidos de exames laboratoriais que, quando combinados, levam à constatação do problema. Muitas vezes, o exame de sangue dá positivo para todos os alimentos, mesmo que a pessoa nunca tenha ingerido determinada substância e não apresente sinais e sintomas de alergia alimentar.

“Então a criança, por exemplo, começa a carregar o rótulo de ter uma doença alérgica e passa a sofrer com isso. Encontramos crianças sem comer ovo, leite, desnutridas por restrição desnecessária de alimentos. Quando submetemos essa criança à provocação oral na sala de teste alérgico, descobre-se que não é uma alergia. Há necessidade de se educar profissionais de saúde em relação a que nem tudo o que ocorre após o contato com algum alimento é alergia. Há muitos casos de diagnóstico equivocados”, reforçou a alergista Catherine Martins.

(Ascom HUAC/UFCG)

registrado em:
Assunto(s): huac
Fim do conteúdo da página