Médica do HUAC/UFCG fala sobre câncer em crianças e adolescentes
Leucemia é o mais comum na faixa de 0 a 19 anos, seguido dos tumores de sistema nervoso central
Por ocasião do Setembro Dourado, mês escolhido para colocar este tema em foco, a oncologista pediátrica Januária Nunes Lucena, do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), alerta que a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é que, entre 2023-2025, ocorrerão, por ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e adolescentes de zero a 19 anos de idade. O câncer mais comum nesta faixa é a leucemia (cerca de 33%), seguida dos tumores de sistema nervoso central.
A médica explicou que, apesar deste quadro triste, a boa notícia é que o câncer na infância tem maior chance de cura e o SUS já incorporou uma medicação para pacientes com leucemia linfoide aguda com recidiva (retorno da doença) de alto risco, aumentando substancialmente as taxas de remissão e a possibilidade de realização de transplante de medula óssea, aumentando as chances de cura. Além disso, já foi recomendada uma imunoterapia que aumenta a chance de sobrevida no caso de neuroblastoma, que atinge o sistema nervoso.
Segundo ela, o HUAC-UFCG está desenvolvendo a linha de cuidado Leucemia na Infância, que deverá ter sua implantação até o final deste ano e, neste trabalho, a equipe multidisciplinar é fundamental. “É necessário atentar-se às necessidades da criança e do adolescente como um todo, por isto a importância de um time multidisciplinar no tratamento e acompanhamento destes pacientes e de seus familiares”, disse.
A participação da família, os avanços da ciência e do Sistema Único de Saúde (SUS) e a oferta de serviços públicos com uma equipe multidisciplinar que atenda o paciente e seus familiares. Estes são alguns dos fatores considerados fundamentais pelos profissionais da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) quando o assunto é câncer em crianças e adolescentes.
Tratamento quimioterápico
No tratamento quimioterápico, que é o tratamento de escolha para praticamente 90% dos tipos de tumores nas crianças, a maioria dos pacientes perde o cabelo devido ao uso da quimioterapia. Isso porque o tratamento é feito com medicamentos que atuam nas células doentes e em todas as células do organismo que estão em divisão celular, a exemplo das células do cabelo. A alimentação de crianças em tratamento oncológico, deve ser o mais saudável possível. A orientação é que consumam os alimentos feitos em casa. Não pode ser alimento embutido, enlatado, porque são salgados e têm a maior predisposição para criar fungos. Como a criança em tratamento tem a imunidade comprometida, isso pode causar algum tipo de infecção gastrointestinal. No período que elas estão com a baixa imunidade, que é depois da quimioterapia, a orientação é consumir alimento cozido.
Sobre a Ebserh
O HUAC-UFCG faz parte da Rede Ebserh desde 2015. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde Sugestão de legenda: Os diferentes tipos de alergias trazem impactos no dia a dia do paciente.
(Assessoria Ebserh)
Redes Sociais