Pesquisadores da UFCG desenvolvem sistema de IA para diagnóstico por imagem

Pesquisadores do Laboratório de Sistemas de Informação (LSI) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) estão trabalhando no desenvolvimento de novos métodos computacionais, como aprendizagem profunda e Inteligência Artificial, para análise automatizada de imagens médicas, focando no diagnóstico e prognóstico de doenças dos sistemas digestivo, cardiovascular e pulmonar.

Intitulado Métodos baseados em aprendizado profundo para análise de imagens médicas: segmentação, detecção e classificação, o projeto de cooperação internacional é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com a Coordenação do Núcleo de Computação Aplicada da Universidade Federal do Maranhão (NCA/UFMA) e parceria da UFCG, do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), University of California at Davis (EUA) e Universidade do Porto (Portugal). A vigência do projeto é de dois anos e vai até janeiro de 2027.

Na UFCG, o projeto é coordenado pelo professor Cláudio de Souza Baptista e tem participação de alunos de graduação e mestrado em Ciência da Computação. Estão sendo utilizados na pesquisa base de dados públicas, como exames de raio-x, tomografia computadorizada e ressonância magnética. No futuro, também serão usados dados do Departamento de Radiologia da University of California at Davis. “Essa imagens são públicas, anonimizadas e utilizadas para fins de pesquisa em todo o mundo”, explica o professor.

Segundo o pesquisador, estão sendo abordadas técnicas multimodais, que misturam dados de imagem com diagnósticos em forma de texto. “Faremos uso de modelos de inteligência artificial que geram e compreendem a linguagem natural como, por exemplo, o GPT. A ideia é trabalhar num VQA, Vision Query and Answering, que permite usuários interagirem com o sistema por meio de imagens e textos. A ideia do projeto é apoiar os médicos nos diagnósticos, auxiliar no processo de ensino e aprendizagem para acadêmicos de medicina e propiciar uma ferramenta de interação com os pacientes através da VQA”, destaca.

Ele explica que o projeto não vai produzir uma ferramenta final para uso. “Por enquanto, estamos trabalhando em protótipos para validação de conceitos. Esta área de IA Generativa é muito nova e ainda incipiente. Como o diagnóstico médico tem que ser muito preciso, é preciso ainda realizar muita pesquisa para se ter ferramentas com um nível de confiabilidade aceitável para a área de saúde”, diz.

Acompanhe as pesquisas do LSI na rede social - https://www.instagram.com/lsiufcg/

(Ascom UFCG)