Inseticidas podem comprometer a capacidade de voo de abelhas, revela estudo da UFCG
Resultado da pesquisa de Juliana Coutinho, sob orientação do professor Ewerton Marinho, foi publicada no Brazilian Journal of Biology
Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) revelou que a aplicação de determinados tipos de inseticidas pode prejudicar a capacidade de voo de abelhas africanizadas, afetando atividades como a coleta de néctar, polinização e o retorno à colmeia.
O estudo, publicado em formato de artigo científico no Brazilian Journal of Biology, é fruto da pesquisa de mestrado em Horticultura Tropical de Juliana Coutinho, sob orientação do professor Ewerton Marinho. Foi conduzido no Laboratório de Entomologia da UFCG, no campus Pombal, e avaliou os níveis de toxicidade dos inseticidas Clorantraniliprole e Ciantraniliprole na sobrevivência e capacidade de voo da abelha africanizada Apis mellifera.
Abelhas adultas foram expostas aos inseticidas de dois modos: pulverização direta sobre as abelhas e ingestão de dieta contaminada. Ambos os inseticidas causaram baixa mortalidade, porém a capacidade de voo foi afetada, pelo modo de exposição por pulverização direta nas maiores doses testadas.
As abelhas são consideradas importantes polinizadores na produção de alimentos contribuindo para a biodiversidade e a segurança alimentar global e qualquer prejuízo na mobilidade pode proporcionar falhas na polinização e redução drástica na obtenção de alimento.
Segundo o professor, os resultados do trabalho são importantes para orientar produtores sobre inseticidas mais prejudiciais e ressalta ainda que “é preciso avaliar os inseticidas em condições reais de campo, considerando fatores ambientais como temperatura, vento e horário de aplicação”.
Acesse aqui a dissertação de mestrado completa.
Acesse aqui o artigo científico publicado no Brazilian Journal of Biology.
(Ascom UFCG com dados da Agência Bori)
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