Projeto leva alento a crianças do Hospital Universitário
Formado por mães e avós de crianças transplantadas, grupo atua em João Pessoa e Campina Grande
No dicionário, a palavra naninha significa “tirar um cochilo”, mas também é um apelido carinhoso que os pais dão aos recém-nascidos. Naninha também é um brinquedo de tecido, em forma de almofada, que proporciona aconchego às crianças. Nessa quarta-feira (8), o projeto social Naninha da Esperança visitou o Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), vinculado à Rede Ebserh, para distribuir naninhas entre a meninada em atendimento ou internada na instituição. A entrega contou com o apoio do setor de Psicologia do hospital.
Segundo a advogada Aline César, o projeto nasceu em dezembro de 2018, com a missão de levar esperança às crianças internadas em hospitais, e conta com integrantes em João Pessoa e Campina Grande “A gente produz e entrega naninhas, que são travesseirinhos, para crianças que estão hospitalizadas, com a proposta de oferecer aconchego e amor. Somos mães de crianças transplantadas, então já passamos por isso e sabemos como é o dia a dia em hospital”.
A aposentada Elisa Monteiro do Carmo, de Campina Grande, é avó de uma criança transplantada e integra o projeto Naninha da Esperança desde o início. “Hoje, eu não sei o que seria de mim sem as naninhas. Elas são parte da minha vida 24 horas. Esse trabalho social é muito gratificante. Nasceu de muitas dores. Foi em um hospital em São Paulo que uma colega nossa conheceu um projeto desse tipo e sonhou em formar um grupo aqui, no Estado da Paraíba, para trazer um pouco de sorriso para essas crianças”, afirmou.
Um pouco dessa alegria foi vivenciada por Tábata Raíssa, moradora da cidade de Picuí. Mãe da paciente Maria Esperança, de apenas 1 ano e 7 meses, ela ficou encantada com o presente. “Minha filha tem uma síndrome rara, chamada Síndrome de Lennox-Gastaut. Faz um ano e quatro meses que ela está internada no Hospital Universitário. Para mim é muito gratificante ter uma ‘naninha’ carregando o nome de Maria Esperança!”, disse.
Mãe do bebê Carlos Rafael, que também tem uma síndrome rara e está hospitalizado no HUAC, a adolescente Cristiane da Silva achou maravilhoso receber uma naninha. “É um carinho especial que a gente ganha aqui. Realmente, dá esperança para a gente. Ajuda demais”.
Como colaborar
Todas as naninhas são feitas a partir de doações da comunidade, incluindo oferta de tecidos e o material de enchimento. “Até a costura é fruto de voluntariado. Quem quiser ajudar pode entrar em contato conosco pela página no Instagram: @naninhadaesperanca”, afirmou Aline César. As entregas são feitas de cinco em cinco meses, que é o período de produção das naninhas.
(Ascom HUAC/UFCG)
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