HUAC promove atividade com orientações sobre tireoide e gestação

Alertar e conscientizar sobre a relação entre gravidez e tireoide. Esse foi o objetivo de uma ação promovida pela Gerência de Ensino e Pesquisa (GEP) do Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC-UFCG), com apoio da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, regional Paraíba (SBEMPB). A ação foi realizada nos dias 21, 23 e 24 de maio, na Semana Internacional da Tireoide, cujo tema em 2019 foi “Tireoide e Gestação”.

No HUAC, a campanha envolveu preceptores da Endocrinologia, Clínica Médica, residentes e internos e foi realizada no dia 21. Na ocasião, houve distribuição de material educativo durante a manhã, com orientações aos usuários do hospital sobre o que fazer em duas situações: quando a mulher pretende engravidar e, aparentemente, não apresenta problemas na tireoide; e quando a mulher já sabe que tem algum problema.

“Dentro dessa semana, a Gerência de Ensino e Pesquisa do Hospital Universitário, juntamente com a SBEMPB, realizou ações no HUAC, Instituto de Saúde Elpídio de Almeida e Associação Médica de Campina Grande”, explicou a titular da GEP, Alana Abrantes, que também é presidente da SBEMPB.

A ação foi encerrada no dia 24 com a palestra “Tireoide e Gestação”, proferida pela endocrinologista Aline da Mota Rocha, no auditório da Associação Médica de Campina Grande. A explanação teve como público-alvo endocrinologistas, ginecologistas, obstetras, residentes, médicos do Programa Saúde da Família e graduandos de Medicina.

Conscientização

“Essa campanha é de suma importância, pois foi uma forma de alertar e conscientizar as mulheres e a sociedade de modo geral, visando a evitar abortos, partos prematuros e problemas neurológicos, estaturais e cognitivos e até morte do neonato”, comentou a gerente da GEP.

A paciente que já tem alguma patologia da tireoide, orientou Alana Abrantes, precisa ter ajustes na medicação. Já a paciente que não tem deve solicitar que seja realizado o TSH (exame que avalia distúrbios da tireoide). “O tratamento precoce ou o ajuste da dose da levotiroxina, ou a implementação do tratamento do hipertireoidismo (nesse caso pedimos para não engravidar até estabilizar), fazem uma grande diferença”, esclareceu.

A gerente da GEP, que é endocrinologista, também deu algumas orientações para os profissionais médicos que atendem gestantes:

1) Recebeu informação de que a paciente está grávida? Solicite TSH e T4 livre;
2) Paciente já usa levotiroxina e soube que está grávida? Ajuste a medicação em torno de 25% da dose;
3) Paciente tem ATPO alto, mas o TSH não alterou? Solicite o TSH mensalmente.

(Ascom HUAC/UFCG)