Pesquisa da UFCG estimula tombamento de bens ecoturísticos em Pernambuco
Audiência pública será realizada nesta quarta-feira, Dia Mundial do Meio Ambiente, na Câmara Municipal de São José do Egito
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado neste 5 de junho, uma ação oriunda de uma pesquisa da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) foi a responsável por articular uma importante iniciativa sustentável na cidade pernambucana de São José do Egito: uma emenda à Constituição Municipal para inclusão de bens ecoturísticos no rol de áreas protegidas da região. A audiência pública para debater o tombamento dos bens como patrimônio cultural de São José do Egito acontecerá nesta quarta-feira, dia 5, às 9h, na Câmara Municipal.
A audiência pública é o desdobramento de uma ação da pesquisa “Bens ecoturísticos e serviços ecossistêmicos como instrumentos de Educação Ambiental na articulação pelo desenvolvimento sustentável em São José do Egito/PE”, do estudante Alex Bruno da Silva Farias, do curso de licenciatura em Ciências Biológicas do campus de Patos da UFCG.
Durante a iniciativa, alunos e professores de escolas municipais e líderes locais tiveram aulas sobre os principais bens culturais de São José do Egito, tiveram a oportunidade de observar potenciais ecoturísticos da região e refletir sobre a proteção desses ativos na cidade. Os alunos se envolveram com a causa e criaram poesias, cartazes, faixas, maquete e uma petição pública, que deu origem à audiência pública.
A ideia é emendar a Lei Orgânica Municipal, incluindo o Beco de Laura, a Capela de São Pedro, a Serra Preta, e o sistema hidrográfico Rio do Mulugu e suas inscrições rupestres no rol das áreas de preservação permanente de São José do Egito. A petição ainda defende a proibição para atividades que contribuam para descaracterização dos bens.
Para o professor Veneziano Guedes de Sousa Rêgo, orientador da pesquisa, a iniciativa relaciona os fenômenos de deterioração do meio ambiente com as suas causas no âmbito dos processos sociais, ampliando de um lado a consciência ecológica e do outro a ação coletiva pelo bem comum. “Os frutos dessa ação ajuízam o porquê de a sociedade nutrir tão real sentimento de pertença pela instituição, de identificar-se com ela e com o seu papel de esperança e melhoria da qualidade de vida em médio e em longo prazo”, resume.
A petição que deu origem à audiência pública que ocorrerá nesta quarta-feira, dia 5, pode ser assinada e compartilhada neste link.
(Ascom UFCG)
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