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divulgação científica

Projeto Science Vlogs Brasil reúne 48 canais sobre ciência no YouTube

 Esta é a maior rede de iniciativas de divulgação científica no País

Com cerca de 8 milhões de inscritos no YouTube e mais de 500 milhões de visualizações, o projeto Science Vlogs Brasil foi relançado nesta quinta-feira (16).

 

A rede, que reúne os principais canais de divulgação científica no YouTube, foi fundada em março de 2016, “como contraponto à onda de fake news e pseudociência”, segundo os organizadores. Com o relançamento, a plataforma pretende se expandir, atraindo novos colaboradores.

 

No dia 17 de maio, o médico Drauzio Varella foi integrado à rede, como parceiro e patrono. “A teoria de Darwin vem sendo questionada. As pessoas estão discutindo se a Terra é plana. Diante disso, um movimento reúne os canais que zelam pela informação científica, verificada, comprovada para dialogar cada vez mais com a sociedade”, postou.

 

Atualmente, 48 canais integram a comunidade, que abrange as chamadas ciências naturais (astronomia e física, por exemplo) e ciências humanas (história, arqueologia, antropologia, entre outros campos).



Os youtubers incluem estudantes, professores, jovens cientistas e jornalistas especializados em ciência. Além de Drauzio Varella, que possui 1,4 milhão de inscritos no seu canal no YouTube, entre os perfis mais populares estão:



- Matemática Rio, de Rafael Procopio, especialista em ensino de matemática pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com 1,5 milhão de assinantes

- Schwarza - Poligonautas, de Junior Silva, autor de “Do Átomo Ao Buraco Negro” (ed. Planeta), com 896 mil assinantes

- Canal do Pirula, de Paulo Miranda Nascimento, biólogo e doutor em zoologia pela USP (Universidade de São Paulo), com 798 mil assinan

- Ciência Todo Dia, de Pedro Loos, estudante de física da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), com 736 mil assinantes

- Minutos Psíquicos, de André Rabelo, psicólogo e doutor em psicologia social do trabalho pela UnB (Universidade de Brasília),  com 681 mil assinantes



Para participar da rede, os interessados precisam ter produção de divulgação científica no YouTube e passar por um processo seletivo: primeiro, um grupo de especialistas na área divulgada avaliará os conteúdos já postados pelo canal; depois, a comunidade de canais parceiros também analisará a proposta.


Ao fim, os selecionados recebem o “selo” Science Vlogs Brasil. 

 

“A expectativa é que esse processo continue a fomentar boas práticas de divulgação científica no país, sempre baseadas em evidências, e estimule a profissionalização dessa atividade num momento em que é cada vez mais necessário o conhecimento científico como ferramenta de cidadania e de formulação de políticas públicas”, diz a nota dos organizadores.

 

O que é divulgação científica

 

Desde 2016, canais de vídeo no YouTube (também chamados de vlogs) especializados em diferentes áreas do conhecimento proliferam na internet. Viralizam vídeos simples e dinâmicos, com linguagem acessível, alcançando um público jovem.


A própria viabilização da ciência depende da comunicação científica simples e bem sucedida – por isso o tema ganha cada vez mais importância nas universidades.


Para a jornalista Sabine Righetti, pesquisadora e professora do Labjor (Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo) da Unicamp, o boom recente de iniciativas está associado à chegada de uma nova geração de cientistas mais sensibilizados à importância da divulgação científica.

 

Em entrevista ao Nexo, em maio de 2019, a pesquisadora defendeu que a divulgação seja encarada como parte integrante do processo da atividade científica, e não como algo acessório. "A disseminação dos resultados de um estudo para a sociedade deve estar prevista no começo do estudo", afirmou.

 

Righetti iniciou a hashtag #oquevinauniversidadepublica, incorporada por estudantes e professores universitários, para reunir relatos de atividades em suas respectivas instituições e dificuldades enfrentadas, após o anúncio inicial do ministro da Educação, Abraham Weintraub, sobre o contingenciamento de 30% do orçamento de universidades federais que seriam palcos de “balbúrdia”.

 

Outra hashtag popularizada foi #MinhaPesquisaMinhaBalbúrdia. No Facebook foi lançada a página @oquesefaznafederal.

 

Além de ações episódicas nas redes sociais, há outras iniciativas estruturadas atualmente, como manuais para mídias digitais, cursos, festivais, oficinas e programas de fomento para divulgação científica no país.


(Nexo Jornal)

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