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Governo recua e devolve R$ 1 bi para a educação e R$ 330 mi para as bolsas

A luta de estudantes e pesquisadores contra o corte nas verbas das universidades e institutos federais e nas bolsas de estudo obteve importante vitória na Comissão Mista de Orçamento, nesta terça-feira

A luta dos estudantes e pesquisadores contra o corte nas verbas que inviabilizariam o funcionamento de universidades e institutos federais, além dos pagamentos das bolsas de estudo, obteve importante vitória na Comissão Mista de Orçamento, na tarde desta terça-feira, 11.

 

A oposição obrigou o governo recuar e incluir R$ 1 bilhão de volta para o Ministério da Educação e 330 milhões para as bolsas de estudos do CNPq, assim aceitando votar os créditos suplementares. Outros programas de grande impacto social também foram beneficiados, como o Minha Casa Minha Vida e a transposição do Rio São Francisco, que receberam R$ 1 bilhão e R$ 550 milhões, respectivamente.

 

O governo corria contra o tempo para votar a matéria que libera novos créditos de R$ 248 bilhões para não correr o risco de quebrar a “regra de ouro” – mecanismo que proíbe a administração de emitir títulos do Tesouro para pagar despesas correntes -, incorrendo em crime de responsabilidade.

 

“O governo Bolsonaro recuou. Nossa pressão funcionou. A oposição impôs derrota ao governo, que anunciou a devolução de 1 bi para a educação, 330 mi para bolsas de pesquisa. Vitória da luta dos estudantes”, comemorou via redes sociais o deputado federal Orlando Silva (PCdoB), fazendo menção aos grandes protestos contra os cortes que paralisaram o Brasil nos últimos dias 15 e 30 de Maio.

 

Flávia Calé, presidenta da ANPG, reafirmou o papel das mobilizações na conquista e lembrou que as ruas falarão novamente no dia 14 de junho, na greve geral. “Essa vitória é fruto da luta dos estudantes e da sociedade que têm ido sistematicamente às ruas contra os cortes na educação e na ciência. Isso mostra que o governo não tem carta branca para agir como quiser e terá que ouvir as demandas populares, que estarão colocadas novamente na greve geral do dia 14. O Brasil é uma democracia, posturas autoritárias como as de Bolsonaro e Weintraub não vão prevalecer”.

 

(ANPG)

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