Ex-aluno da UFCG se torna PhD pela Universidade de Cambridge

Um ex-aluno do curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) conseguiu algo brilhante: se tornou doutor em Engenharia por uma das instituições mais renomadas no mundo, a Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Francisco Fernando, que possui uma conta no Instagram especialmente dedicada a compartilhar suas experiências no campo acadêmico, colou grau no último mês.

Oportunidades

Natural de Coremas, no Sertão paraibano, a história de Fernando na UFCG começou em 2007, quando foi aprovado para o curso de Engenharia Mecânica. No ano seguinte, após se destacar com boas notas, ele começou a usufruir de algumas oportunidades da instituição. “Sempre estive focado em bolsas. Em 2008, consegui a minha primeira, no Laboratório Multidisciplinar de Materiais e Estruturas Ativas” (LAMMEA), e o primeiro projeto já rendeu uma premiação, o 1º Prêmio Ciser de Inovação Tecnológica”, contou o agora doutor. Não seria a última conquista. O trabalho, à época, já abordava o tema de atuação que o acompanharia sempre, as ligas com memória de forma.

Em 2011 veio a primeira experiência internacional. Ele foi aprovado em uma bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para estudar por seis meses na Universidade de Kentucky, nos Estados Unidos. No retorno, ainda assumiu uma oportunidade de monitoria antes de finalizar a graduação. O mestrado, na própria UFCG, foi quase automático.

“Enquanto estudava, tive a oportunidade de ter algumas experiências especiais, evoluir no inglês e participar de conferências internacionais. Isso me abriu os olhos, comecei a vislumbrar uma possibilidade de concorrer a algumas universidade no exterior. Eu não tinha nenhuma ponte ou conhecido que pudesse me ajudar, então passei a pesquisar na Internet, enviar e-mails a professores com pesquisas que me interessavam e em grandes instituições. Nesse processo, um professor de Cambridge se mostrou propenso a me receber, e assim começamos a evoluir na candidatura a um posto de doutorado na universidade”, explicou Fernando.

Compartilhando experiências

Enquanto vivia suas experiências no campo da Engenharia, mas também acumulando bagagem internacional em diversos aspectos, Fernando resolveu compartilhar seus conhecimentos. A forma encontrada foi o Instagram.

“Eu estava saturado de como ia usando as redes sociais, eram muitas brigas, discussões políticas, me parecia desperdício de energia. Pensei então em fazer algo para contribuir positivamente, para fazer pessoas aprenderem. Meu Instagram é isso, toda postagem tem algum conteúdo diferente, alguma curiosidade sobre Engenharia, sobre as universidades por onde passei, sobre culturas, livros… Se entrar lá, você vai aprender alguma coisa, e é isso que me move”, contou ele.

Acesse aqui o perfil do pesquisador no Instagram.

A ideia, segundo confessa o próprio pesquisador, seria manter uma conta mais local, visando crescer no âmbito de Campina Grande e Paraíba de uma forma geral. No entanto, as publicações tomaram caminhos diferentes. Atualmente, a conta soma quase 40 mil seguidores.

Na rede, através de um link na biografia, Fernando também dá dicas e orientações para estudantes que tenham interesse em conseguir bolsas de pós-graduação no exterior.

Futuro

De volta ao Brasil, Fernando agora projeta os próximos passos. “Não sei se a ideia seria continuar no campo de pesquisa, ainda mais com a atual situação que vive o País, com cortes e muitas reduções. Meu plano era voltar, queria poder contribuir, disseminar as coisas que aprendi, mas ainda não sei bem como isso terminará acontecendo, como as instituições vão se comportar nesses tempos que seguem”, explicou, contando que já está estudando e investindo em alguns projetos para os próximos meses.

(Ascom CCT/UFCG)